Trago News: Expectativa de vida do brasileiro sobe para 76,4 anos
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Toda sexta-feira, trago para você uma dose de opinião sobre um tema quente presente no noticiário da semana. Quer saber o que pensa um sujeito que não vê nada, mas enxerga tudo? Então venha comigo! ðŸ’✍️😎🧑🦯
Você leu as notÃcias da semana? Se sim, deve ter se deparado com esta manchete: *"Expectativa de vida do brasileiro sobe para 76,4 anos"*, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE).
A nova divulgação do IBGE sobre a expectativa de vida dos brasileiros soa como uma pausa para respirar – mas também como um soco no estômago. De 74,8 anos, em 2020, para 76,4 anos agora, os números contam uma história que, à primeira vista, parece ser de recuperação. Mas será mesmo?
A pandemia de COVID-19 escancarou nossas fragilidades. Em um piscar de olhos, a expectativa de vida despencou para 72,8 anos. Agora, voltamos ao patamar de 76,4 anos, o que, para muitos, pode parecer motivo de comemoração. Mas será que o sistema de saúde se recuperou? Ou foi apenas mais um malabarismo para lidar com crises, enquanto milhares seguem sem acesso ao básico?
Porque aqui está a verdade que ninguém gosta de dizer: esses números não valem o mesmo para todos. Expectativa de vida no Brasil é quase um teste de privilégio. Se você mora em um bairro rico, parabéns! Você pode até ultrapassar os 80 anos. Agora, se vive na periferia, boa sorte tentando escapar da falta de saneamento básico, do baixo desenvolvimento econômico e da precariedade do sistema de saúde.
A desigualdade é tão gritante que chega a ser irônica. Celebramos um aumento na média nacional, mas ignoramos que, para muitos, isso não muda nada. É quase cômico – se não fosse trágico. Enquanto uns têm check-ups anuais e planos de saúde VIP, outros precisam brigar por atendimento em postos sucateados, enfrentar filas intermináveis para exames e rezar para sobreviver a doenças evitáveis.
Esse número de 76,4 anos não é uma medalha de superação; é um espelho sujo de uma sociedade que insiste em conviver com suas próprias rachaduras. A pergunta que fica é: até quando vamos fingir que está tudo bem? O aumento na expectativa de vida deveria ser um alerta, não um alÃvio.
Menos euforia e mais atitude. Não basta viver mais – é preciso viver melhor. E isso só será possÃvel quando transformarmos a saúde pública e enfrentarmos, de fato, a desigualdade social que insiste em matar antes da hora.
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