A Parábola da Costureira
Em uma cidade distante, vivia uma sábia e humilde costureira, conhecida por todos como Dona Julia. Seu pequeno ateliê era simples, mas suas mãos habilidosas criavam vestidos que pareciam conter a essência de quem os vestia. As pessoas vinham de longe para que Dona Julia costurasse para elas, acreditando que seus vestidos eram muito mais do que simples peças de roupa.
Certo dia, uma rica madame chegou ao ateliê, desejando um vestido especial para uma ocasião importante. Sem hesitar, Dona Julia a recebeu com um sorriso acolhedor e começou a tomar suas medidas. Enquanto trabalhava, a costureira falou: "Sabe, minha filha, costurar um vestido é muito semelhante a costurar a própria vida. Cada ponto que damos, cada fio que escolhemos, reflete as escolhas que fazemos ao longo de nossa jornada."
Curiosa, a madame perguntou: "Mas como isso é possível, Dona Julia? Como um vestido pode refletir a nossa vida?"
A costureira, com paciência, explicou: "O tecido que escolhemos é como as experiências que vivemos. Algumas vezes, optamos por um tecido leve, fácil de manusear, e nossa vida parece tranquila. Outras vezes, escolhemos algo mais robusto, que exige força e persistência. As cores são como nossos sentimentos, vibrantes quando estamos alegres, mais sóbrias nos momentos de reflexão. E os detalhes, os acabamentos, são como as pequenas ações e decisões que, juntas, moldam quem somos."
Enquanto costurava, Dona Julia continuou a compartilhar sua sabedoria. "Assim como devemos escolher tecidos que nos façam sentir confortáveis, na vida também precisamos cercar-nos de pessoas e situações que nos tragam paz e confiança. E, do mesmo modo que uma costura mal feita pode arruinar uma peça, escolhas impensadas podem nos afastar de nosso verdadeiro caminho."
Dias depois, o vestido estava pronto. Ao vesti-lo, a madame se olhou no espelho e percebeu algo além da beleza da peça. Sentiu que aquele vestido refletia sua verdadeira essência, como se cada ponto estivesse alinhado com suas aspirações mais profundas. A rica madame saiu do ateliê com uma nova percepção, não apenas sobre a roupa que vestia, mas sobre a vida que desejava costurar.
E assim, a parábola da costureira nos ensina que a vida é como um delicado tecido em nossas mãos. Somos nós os responsáveis por escolher os melhores fios, as cores mais significativas, e por costurar com atenção e cuidado cada decisão que tomamos.
A aparência que projetamos ao mundo, como o vestido costurado por Dona Julia, é apenas uma parte de nossa identidade. O verdadeiro valor está nas escolhas que fazemos, nos relacionamentos que cultivamos e nos desafios que enfrentamos. Como a costureira que transforma simples tecidos em arte, somos capazes de transformar nossas vidas em algo belo e significativo, costurando, ponto a ponto, a história da nossa alma.
Que cada um de nós, a partir de hoje, seja o costureiro de sua própria jornada, tecendo com sabedoria a tapeçaria de sua existência. Afinal, nossas vidas são as mais preciosas obras de arte que podemos criar.✍️😎🧑🦯
* Siga nossa página no Facebook! Pesquise por @Hismere
Comentários