🏍️😎🧑🦯 Serie - O cego e sua noto: Entre o real e o imaginado
Eu sempre tive vontade de ter uma moto estradeira. Curioso é que, justamente depois que a escuridão tomou conta dos meus olhos, encontrei uma. Não no mundo concreto, mas naquele território profundo onde guardamos o que ainda não vivemos. Ela estava lá, silenciosa, pertencendo ao destino antes de pertencer a mim.
Até que, numa manhã qualquer, ouço um som se erguendo. Um ronco que parecia carregar ecos de histórias nunca contadas. Um chamado. Um reconhecimento. Um encontro. Era ela: a Gatuna. Vibrante como uma fera despertando de um sono antigo, sutil como segredos sussurrados, mitológica como criaturas nascidas do encontro entre medo e coragem.
Havia algo no motor dela que girava diferente, como se aquela vida não viesse de fábrica, mas de um lugar anterior, impossível de nomear. Naquele instante, percebi: alguma coisa em mim havia sido convocada.
E foi aí que começou o pacto.
***DESCRIÇÃO DA ILUSTRAÇÃO – CAPÍTULO 2
"GATUNA, A MOTO MÍTICA – O CHAMADO"
A imagem apresenta um ambiente de fim de tarde, com um céu em tons suaves de amarelo, verde e azul esfumados, criando um clima sensorial, quase místico — perfeito para representar o nascimento simbólico da moto Gatuna.
O protagonista aparece à esquerda:
– Homem forte, cerca de 50 anos, alto.
– Usa sua boina característica e óculos escuros.
– Veste jaqueta de couro escuro, calça jeans e botas de motoqueiro.
– Tem cabelo curto e aparece com o sorriso discreto.
Ele está de pé, ligeiramente inclinado em direção à moto, como se estivesse reconhecendo um velho chamado que finalmente se manifesta.
A moto — a Gatuna — domina a parte direita da imagem:
– Estilo Harley Davidson clássica.
– Preta, com o tanque vermelho vivo.
– No tanque, lê-se claramente “GATUNA” escrito em amarelo.
– O farol está aceso, emitindo uma luz suave e quente, como se simbolizasse o início do “despertar” da moto.
– Os detalhes mecânicos são pintados com textura, dando um ar de máquina antiga, porém poderosa.
A cena inteira transmite a sensação de que a moto não está apenas sendo vista, ela está surgindo, emergindo de um espaço entre o real e o imaginário.
A textura do fundo lembra pinceladas largas de tinta, reforçando o estilo ilustrado e levemente onírico que combina com o nascimento mítico da Gatuna.
Na composição gráfica:
– No topo, em letras claras e grandes, está o título da série:
O CEGO E SUA MOTO
– Abaixo, o destaque:
Capítulo 2
GATUNA, A MOTO MÍTICA
– Na parte inferior da imagem, o subtítulo:
GATUNA, A MOTO MÍTICA – O CHAMADO
A imagem como um todo transmite:
– Mistério
– Chamado interior
– Ligação espiritual entre homem e máquina
– Nascimento simbólico de uma jornada
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